Desde que li ‘Feliz Ano Novo’ (1975), em algum ano esquecido, talvez entre os 15 e 17 anos, me tornei fã de Rubem Fonseca, 86 anos. Ele escreveu algumas coisas nesse livro que eu adorei ter lido, porque foi na fonte direta dos meus instintos, da maneira como enxergo determinadas coisas. Enfim, um escritor que disse exatamente o que sinto. Logo depois, li ‘Secreções, Excreções e Desatinos’ (2001) e me deparei com a escatologia humana sendo transformada em prazer sexual, além de outros temas.
Então, em 2011, Rubem lança mais dois livros. O romance ‘José’, que não li, e o livro ‘Axilas e Outras Histórias Indecorosas’. Continua o mesmo Rubem que é considerado um dos mestres do conto, sempre abordando o lado abjeto da humanidade com seu humor por vezes sarcástico. São 18 contos construídos com cimento narrativo seco, ágil, que abordam a torpeza humana, a capacidade de matar como se saboreia uma sobremesa.
Não foi o melhor livro de Rubem de apenas três que li. No entanto, quem gosta de contos não vai se arrepender. Estamos diante de um mestre no estilo.
Sandro, eu também amei Feliz Ano Novo. Engraçado que li numa idade pouco apropriada pros contos dele, violentos como são. Acho que eu tinha uns treze anos, mas adorei mesmo assim. De lá pra cá não li mais nada dele.
Deise, eu acho que li Feliz Ano Novo entre 15 e 17, como disse. Era um pouco mais velhinho que você, mas me marcou bastante. Eu tenho o ‘Secreções…’. Adorei. Este novo eu li na Livraria Cultura, em algumas sentadas. Pretendo fazer isso com o romance ‘José’.
Beijos!!!!
Grande escolha!
De vez em quando releio o ‘Secreções, Excreções e Desatinos’, que você me deu em algum amigo secreto perdido da faculdade. Sou fã.
Poxa, Rodrigão, é mesmo! Ainda bem que você relê, sinal de que gostou mesmo!
Abraços!