Antes de mais nada, peço que entendam o sistema de publicação, que desorganizou o texto e não há jeito de deixar certinho!
Não sei bem o motivo, mas desde que me entendo por gente (e acho que já comentei isso no post sobre a série Buffy) desenhava rostos redondos com dentes caninos avantajados. Os rostos redondos, não sei bem o motivo, mas os dentes ameaçadores são dos seres das trevas – com certeza!
Hoje, dia 13 de agosto, é o dia desse ser mitológico que exala sedução, rendição, submissão, hieraquia sexual. Neste post, vou fazer uma viagem desordenada dentro desse universo perigoso e atraente. Vou escavar minha memória para relatar o que de bom eu já consumi sobre os vampiros.
Vamos embarcar no trem para a Transilvânia? Falo Transilvânia, porque foi nela que residiu uma das maiores referências quando falamos em vampiros: Vlad Tepes ou Vlad III, que existiu de verdade no século XV e governou a Valáquia, região vizinha. Embora fosse extremamente cruel com seus inimigos, empalando-os vivos, Vlad não tinha ligação direta com os vampiros. A origem do termo Drácula veio do seu pai, Vlad II, que era cavaleiro da Ordem do Dragão (Dracul significa dragão). Quem atribuiu ligação entre os vampiros e Vlad III foi Bram Stocker, que tomou como base as atrocidades cometidas pelo governante da Valáquia para criar seu clássico. A partir daí, vampiro e Drácula passaram a ser indissociáveis.
Outra história diz que a origem dos vampiros se deu por meio do mito judaico-cristão sobre Caim e Abel. Depois da morte de Abel, Caim foi amaldiçoado por Deus. Anjos vieram até Caim para exigir que ele pedisse perdão a Deus, mas este se recusou. Os anjos fizeram com que Caim tivesse horror ao fogo, à luz e fosse condenado a passar a vida eterna em solidão.
Reduzir o mito do vampiro a um mero conto de montros, é não entender sua importância na dinâmica social e nas artes em geral. O vampiro e o vampirismo é muito mais que dentes caninos, morcegos e sangue. Está presente nas relações interpessoais, na política, na literatura, na música, no cinema. O vampirismo ainda precisa ser melhor compreendido, para que não caiamos no senso comum e diminua sua força primitiva.
Abaixo, cito algumas obras que adoro e que têm o vampiro como personagem, metaforicamente ou não. Também revelo alguns produtos que estão na minha mira.
Filmes
Um dos filmes que mais me marcaram foi “A hora do espanto”, de1985, escrito e dirigido por Tom Holland. O adolescente que desconfia que seus vizinhos são vampiros, me deixou com medo, apreensivo, ao mesmo tempo atraído, fascinado. Assiti inúmeras vezes e sempre com a mesma emoção.
Francis Ford Coppola fez um dos filmes que mais gosto: Drácula, de Bram Stocker. A relação entre Nina (Winona Rider) e Drácula (Gary Oldman) envolve sempre o tênue fio entre morte e sedução. O filme é erótico e vermelho-sangue. Conta ainda com as presenças de Monica Belucci (delícia!), Keanu Reeves e Anthony Hopkins.
“Garotos perdidos” é um daqueles filmes que sempre vou querer ver, caso passe na televisão. Dirigido por Joel Schumacher, conta a história de um garoto que adora histórias de terror, viaja para Califórnia e desocbre que seu irmão é vítima de uma gangue de motociclistas vampiros. O elenco traz o eterno Jack Bauer, Kiefer Sutherland.
“Entrevista com o vampiro”, baseado no livro de Anne Rice, traz três astros que as moçoilas adorariam ver juntos, mais ainda porque entre eles existe uma relação erotizada. São Tom Cruise, Brad Pitt e Antonio Banderas. Dirigido por Neil Jordan, o filme conta a história de Lestat, vampiro que concede uma entrevista para um repórter, contando sua vida como criatura das trevas. O elenco ainda traz Kirsten Dunst no início de carreira.
E o último filme da lista é “Vampyros Lesbos”, um cult trash do diretor espanhol Jess Franco. Com seu terror erótico, conta a história de uma vampira que atrai sua vítimas femininas para uma ilha.
Séries
A primeira série que vou citar é óbvio – para mim: Buffy, a caça-vampiros. Ainda não surgiu série que possa competir com ela quando me perguntam qual minha série predileta de todos os tempos. Buffy subverte a imagem da loira cobiçada que foge gritando dos monstros até ser morta. Joss Whedon criou uma heroína aparentemente frágil, mas muito inteligente, com uma superforça e com todos os problemas enfrentados na adolescência. Um clássico.
Retirada de Buffy, “Angel” (um spin-off), conta a história de Angel, um vampiro que logo após se separar de sua amada Buffy Summers, vai morar em Los Angeles. A série é outro clássico criado por Joss Whedon e vai no mesmo estilo de Buffy.

Anna Paquim em "True Blood"
Outras séries com vampiros foram criadas, mas ainda não pude conferir. São elas “Vampire Diaries”, “Blood Ties” e “Moonlight”. Mas uma em especial me chamou a atenção, “True Blood”, com Anna Paquim. É nesta série que vou me deter nas próximas semanas.
Livros
Na literatura também abundam obras que trazem os seres da noite, mas confesso que li poucas. A primeira que cito é a série criada por Stephenie Meyer, que começou com Crepúsculo e que rendeu mais 3: Lua Nova, Eclipse e Amanhecer. Os livros, ainda não li o último, contam a história de Bella Swan, uma adolescente humana que se apaixona pelo vampiro Edward, e relatam todas as dificuldades de um reacionamento como esse. Achei os livros não tão bem escritos e alguns personagens bem chatos, mas valem a pena porque trazem alguns elementos novos. O filme baseado na obra é muito ruim.
Como já disse, li poucos livros sobre vampiros. Vi muitos filmes, sites e algumas séries. Mas apenas para citar, minha próxima leitura vampiresca será os livros da escritora Charlaine Harris. Os dois da série de oito já chegaram ao Brasil: “Morto ao anoitecer” e “Vampiros em Dallas”. A obra produzida pela escritora serviu de base para a série da HBO, “True Blood”.
Músicas
A música não poderia ficar de fora. Até nela os vampiros se manifestam. São muitas bandas e artistas que falam sobre eles, seja de forma metafórica ou não. Vamos a algumas bandas e músicas.
Legião Urbana: Teatro dos vampiros
Edson Gomes: Sistema do vampiro
Rita Lee: Doce Vampiro
Ryan Adams: Vampire
My Chemical Romance: Vampires Will Never Hurt You
Paul Simon: The Vampires
Velhas Virgens: Vampiro
A lista é enorme!!!

Difícil resistir!
Pode haver um vampiro ou vampira por detrás dos rostos aparentemente plácidos.